“Bolhas sociais”: uma crítica ao conceito vulgarizado





Por Wesley Sousa - graduando em Filosofia pela UFSJ



Introdução


A chamada “bolha social” é o mais novo termo que se está utilizando para crescentes embates entre quem não ouve – ou lê – o contraditório e que já tenha um preconceito sobre determinados assuntos, isto é, não deixando viabilizar o debate e afins. Ou seja, necessariamente teríamos que conviver e sempre debater com quem não concorda contigo etc. para não ficar nesta “bolha”.

E está muito comum nesses tempos mais recentes, portanto, as pessoas galgarem do termo “bolha social”. Para quem não sabe, essa pode ser categorizada assim: “Bolha é tudo aquilo que nos limita, mas, ao mesmo tempo, nos protege. Bolha é tudo aquilo que nos ilude sobre a natureza da realidade e ao mesmo tempo, serve como apoio para prosseguirmos vivendo.”.

Mas não deixa de ser importante lembrar, em primeiro lugar, que, permanecer em uma bolha não é algo necessariamente ruim. A suposta “bolha social” não deixa de ser uma espécie de proteção, por assim dizer. Sair do mundo seguro da bolha nem sempre é algo positivo, pois nada na vida é tão simples, nada é totalmente certo ou errado.

O próprio conceito empregado ao termo vai contra a antropologia e sociologia. Neste texto a ideia é esclarecer o porquê de “bolhas sociais” serem normais – e até mesmo importantes – fugindo dessa nova de “liberalismo” vulgarizada e desconexa de cientificidade.

Aqui o texto não tem como finalidade ir às últimas consequências do assunto, mas expor um pouco do que se está propagando por aí com ares de “ponderado” ou “apaziguamento” social em meio a uma instabilidade sociopolítica e crise da hegemonia ideológica.

A “bolha social” na Internet:

Dias atrás vi um vídeo de um sujeito chamado Felipe Castanhari intitulado: “Você está em uma BOLHA SOCIAL? Descubra!”. Nele o youtuber fala ABERTAMENTE que estamos em “paralisia intelectual”, no qual diz que não conseguimos conversar tranquilamente sobre assuntos mais delicados ou assuntos políticos.

Pois bem. Vamos dialogar criticamente sobre “bolhas sociais” na Internet. Em primeiro lugar, precisamos fazer distinção do que é ou não “paralisia intelectual”. A partir daí podemos ver se a chamada bolha social é fatídica ou “necessária”.

“Por que ‘necessária’?”

Simples. Quando nos deparamos com alguém que “pensa diferente de nós” quando o assunto é homofobia, devemos manter-nos “amigos” de quem acha que “homossexuais são aberrações”?

Percebam: não trata aqui de “bolha social” ou “democracia”. Trata-se, portanto, de respeito, tolerância e humanidade! Independentemente de ser ou não “liberdade de expressão” quando esse amigo ou conhecido de Facebook ou WhatsApp, compartilha ou posta algo desse teor.

Até mesmo o filósofo da ciência, Karl Popper, escreveu em um de seus livros: “Menos conhecido é o paradoxo da tolerância: tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes.” (A Sociedade aberta e seus inimigos).

Então percebemos claramente que o “antagonismo” de ideias por si só já é algo problemático sem termos parâmetros para tal. A “paralisia intelectual” no qual o youtuber colocou é puramente ideológica!

Na nossa história, desde antes mesmo de nascermos, as “bolhas” já existiam. Tudo é um processo que se efetiva na história. E na Internet, quando damos vozes uma das consequências dessa banalidade da “liberdade e tolerância” aos intolerantes, a consequência é, então, o aumento de casos de intolerância religiosa, xenofobia e racismo, por exemplo. 

Quando tratamos com falso-moralismo essa barbárie travestida de “intelectualidade”, pessoas que antes poderiam ter pudores em manifestar uma opinião mais controversa ganham confiança ao encontrar outros com visões semelhantes, sendo encorajados a expressá-las.


A mídia corporativa burguesa também trata de fazer seu trabalho sujo, ideológico, tudo para manutenção da lógica do capital!


Como disse o escritor italiano Umberto Eco, “a internet deu voz aos idiotas”. E eles se multiplicam de forma a alimentar essa retórica de “liberdade” e “tolerância” ao intolerável. E, sim, também se agrupam em verdadeiras bolhas virtuais. Mas há um problema: a informação em rede, portanto, não democratiza o conhecimento, expõe as diferenças já existentes de alguma maneira! O conhecimento não foi democratizado. Muito pelo contrário. A Internet pode nos proporcionar enormes possibilidades de pesquisa, entretanto, para aproveitar tais ferramentas é preciso um amplo conhecimento prévio e bom manuseio.

Na realidade, a Internet é só o expoente do que se é na vida real. O que fazemos, pensamos; aquilo que concordou em ideias, etc. torna-se evidente nas redes sociais. Então é natural que bolhas se formem – conscientes disso ou não.

Vejamos mais: se você é conservador e percebe que tem um bando de reacionários ao seu redor, isso cria a ideia do “eu posso ser também!”. Ou seja, “tem-se muita gente pensando a minha ideia, então ela é válida”. Mas essa validez não quer dizer que seja correta. No entanto, sensacionalistas e extremistas tendem a criar mais ibope nas redes, porque é mais fácil reagir a uma publicação de um intolerante falando contra os negros do que a uma proposta de melhorias na educação, por exemplo. E isso não é sair da bolha, mas reagir em bom senso de imediato.

Quando a ideia de tolerância é utilizada como um jogo de comunhão, mas sem uma alternativa de emancipação ou ponto de ética universal, deslocamos em aceitar tudo a qualquer custo. Nesse ponto que a ênfase deve ser maior, enquanto o discurso de tolerância é pontual e difuso, a ascensão fundamentalista adentra dentro do Estado Laico cada vez mais.

Mesmo que tenhamos três mil amigos no Facebook, a timeline não vai nos mostrar todos. Mas aqueles com quem mais interagimos dando likes e compartilhando. Com isso, é importante saber analisar criticamente essa “diversidade”. Ficamos nas opiniões e manifestações que fazem ecos ao que é mais justo – e cuidado para não parecer um “justiceiro” ou um advogado da razão.

Assim, ver algo que não gosta ignorar ou rechaçar é normal e instintivo. É a única coisa que você pode fazer pela saúde do Facebook. E não se trata de “bolha”, mas de sanidade mental e não “paralisia”. Vá para a janela do seu quarto ou qualquer lugar e respire fundo, mas não informe o algoritmo, pois achará que você ‘gostou’ pelo fato de “pensar diferente”...


Bolha social real:



“A amizade é uma alma com dois corpos”. – Aristóteles.


Nada mais normal que “bolhas sociais” em nossa vida. Na infância tínhamos amiguinhos dos quais nos identificávamos mais; e outros menos. Gostos em comum, aptidões, etc. tudo fazem parte de nossa sociabilidade. Aqueles amigos que nos transmitiram “segurança”, ou seja, confiabilidade e reciprocidade. Desenvolvemos juntos os caminhos para nortear nossa vida social, nos fortalecemos. Não há possibilidade de salvar a sociedade se não salvarmos os indivíduos. Por outro lado, a sociedade nada mais é do que o conjunto de indivíduos. Portanto, uma sociedade sem indivíduos é uma mera abstração (sem qualquer impacto na realidade).

Nem anjo e nem demônio, o ser humano é simplesmente social, e nos contornos desta sociabilidade que é sua e à qual pertence esse ser ou animal social está naturalmente predisposto a interagir em cooperação com os demais de seu gênero. Virtude e vício, bondade ou maldade, são então avaliáveis pelo metro da efetivação ou não efetivação de atos interativos ou cooperativos; em outros termos, pelo critério da produção e reprodução conjugada da comunidade e individualidade.

O ser social, tal como somos historicamente, os meios instintivos, e também estudos antropológicos para concluir que, “círculos” de segurança, afetividade, cooperação, etc. são amplamente benéficos até mesmo para sobrevivência. E isso ocorre principalmente porque é nossa tendência natural categorizar, racionalizar e simplificar o universo desconhecido e complexo até converter a amplidão discernível em um mundinho em primeiro lugar conhecido, num segundo momento confortável, e numa terceira etapa de organização de mundo.

Nesse sentido, “A alma do indivíduo é o nó das relações sociais. Ele terá a alma de sua sociedade, dos nós da sociedade em que ele vive, ou seja, o indivíduo tem, na sua interioridade como ‘alma’, a síntese que reproduz o conjunto social. Por isso, a ideia do ser genérico: o ser que, como indivíduo, contém o gênero essencial do seu gênero” (CHASIN).

O “pensar diferente”, o pensamento crítico, é algo para ser usado para objetividade, não sendo construído apenas ouvindo todo o tipo de opinião. Se assim fosse, o Facebook estaria povoado por grandes pensadores. A capacidade crítica é uma habilidade que precisa ser desenvolvida ao longo do processo de aprendizagem em conjunto, na capacidade de pensar e desconstruir seus pressupostos em sociedade para melhorias e progresso, não em regresso e conservação.

Em tal sentido, André Drummond Ortega em sua postagem no Facebook, deixou-nos um trecho sobre o assunto interessante:


“Não se isolar, ter noção, pensar em diferenças, alteridades, saber argumentar racionalmente, debater e até dialogar: tudo isso é importante. É óbvio que a amizade não se reduz a uma rede política e eu não tenho só amigos que pensam como eu - sou muito feliz pela profundidade emocional que adquiri em algumas interações. Porém não posso deixar de pensar essas coisas em relação a alienação (separação) da nossa sociedade atual e a política. Se é para ter amigos, valorizem as boas interações; se é para ter amigos e falar de política, não percam tempo e valorizem a construção e o fortalecimento das redes.”


Inclusive, o historiador e professor da Unicamp, Leandro Karnal, disse em uma entrevista no Programa Roda-Viva sobre as pessoas de pensamentos condutas deploráveis: “Minha vó recomendava: não toque tambor para maluco dançar! É um sábio conselho. Não se alimenta a insanidade alheia com argumentos.”.


Adendo sobre opiniões politicas diferentes


A “politização” ou “polarização” é um ponto interessante a ser discutido. É também notável que os agentes dissonantes de nós devem ser minuciosamente calculados. Muito se perde tempo com o ecletismo vulgarizado. A pluralidade não é externa, ela vem do si para outro, ou seja, é da compreensão da realidade tal como ela é que se molda toda uma objetividade e, por conseguinte, o modo de conhecimento de mundo. Não é nós, individualmente, quem politizamos, a própria realidade se faz assim.

A “bolha ideológica” não é aquela alcançamos por meio da exaustiva compreensão real de mundo. Mas ao contrário. Pois propósito da educação é mostrar às pessoas como aprender por si mesmos e quebrar certos tipos de ideais tolos. O outro conceito de educação é doutrinação. E a doutrinação ideológica vem pela mídia de massa e pelas repetidas vezes que um absurdo se faz parecer “normal”. Esta normalidade é plenamente absorvida pelo falso “critério” da neutralidade – ou pelo discurso raquítico “liberal” (e de liberal não tem nada, aliás).

Como já diziam Marx e Engels na “A Ideologia alemã”, as ideias dominantes em uma sociedade são as ideias das classes dominantes, mas estas só são dominantes porque expressa no campo das ideias as relações que fazem de uma classe ser a classe dominante, ou seja, basicamente o papel da ideologia é o de naturalizar situações socialmente construídas.

O conservadorismo, por exemplo, não é um desvio cognitivo ou moral; não é fruto de uma educação malfeita ou de preconceitos vazios de significado. O conservadorismo, por sua vez, é uma das expressões da consciência reificada, nos termos do filósofo húngaro György Lukács, ou do chamado senso comum, nas palavras do pensador italiano António Gramsci. É um expresso da consciência imediata que prevalece em certa sociedade e que manifesta, ainda que de forma desordenada e bizarra, os valores determinantes que tem por fundamento as relações sociais determinantes. Isso gera, portanto, uma “bolha” normal entre agentes desse seguimento.

Esta consciência imediata forma um senso comum, bizarro e ocasional, formado por elementos dispares e heterogêneos relativos aos diferentes grupos ou segmentos sociais que o indivíduo entra em contato em sua vida, na família, nos diversos grupos, no trabalho, na vida pública e outras esferas.

Portanto, a disputa de hegemonia que é implicada, também, mas não somente, na disputa das consciências, é uma luta de classes e não um debate sobre valores. Só se afirmar uma visão de mundo, numa sociedade de classes, contra outra visão de mundo. Neste sentido a meta do consenso nos quadros do Estado burguês é ela mesma ideológica.

Como insistir em ser “amigo” ou “tolerar” algo que é totalmente intolerável, mesquinho e raivoso? De fato, é preciso posicionamento. Um fato ilustra bem isso. Um fotógrafo mineiro foi agredido na manifestação de conservadores porque se parecia com Lula. Vejam: um ser racional não agrediria alguém por querer participar de ato público, mas um ser irracional não se permite perguntar algo ainda mais elementar: o que estaria fazendo o ex-presidente da República disfarçado de repórter num ato assim? Tentar buscar algum tipo de racionalidade na direita conservadora (uma redundância, não é mesmo?) é tarefa inútil.

O escritor e professor da UFRJ, José Paulo Netto nos alerta: “O contrário de diferença não é igualdade, mas sim a indiferença. O fato de os homens serem diferentes não significa que devem ser desiguais. E é somente em uma sociedade de iguais que as diferenças podem efetivamente se manifestar. Numa sociedade de desiguais não há diferentes. Há indiferentes” .


Considerações finais:


Para dar mais embasamento forte no assunto, deixarei abaixo dois vídeos de um doutor em biologia. O youtuber Paulo Nasimento, popularmente conhecido como Pirula. Lá ele fala um pouco da ‘família’, recorrendo aos primatas e seus comportamentos – a biologia. Ele diz, em outras palavras, que somos seres sociais, envolvendo com quem temos afinidades em todo campo de sua relação social. O embate de ideias totalmente contrárias é dificilmente de forma amigável desde que nós pisamos no mundo.

É indispensável assistir:








Adendo para o comentário do seguidor Ricardo Gallina em seu Facebook


"[...] Em tempos onde a crítica de uma postura dita “neutra” ou “democrática” se coloca no reconhecimento social como uma “intolerância”, é sempre bom reafirmar, a partir do processo real da vida, e não de idealismos baratos, que não existe tal coisa como uma “bolha social” nos termos que se define a mesma politicamente. Criamos “nichos” nos quais nos sentimos mais a vontade e nossa tendência é sempre buscar relações que fortaleçam nossa própria personalidade. Posturas e debates intelectuais e políticos não fogem dessa regra. 

Eu gostaria de acrescentar uma coisa que não apareceu no texto também, que sempre é tido como um sólido argumento a favor do “rompimento das bolhas”, a saber, a ideia de que o progresso no conhecimento acontece a partir do debate. Bom, todo mundo que já discutiu uma ideia com alguém que não concorda com a mesma sabe que, de fato, a discussão ajuda a fixar a ideia e facilita nossa compreensão da mesma. Com essa compreensão mais ampla, o que, na prática, quer dizer a possibilidade de reconhecer novos padrões cognitivos para abordar tal ideia, ou seja, encontrar novas conexões entre aquela ideia e os conhecimentos que já temos, ou confrontar o que já sabemos com aquilo que não sabemos, sempre criando sínteses desse processo. O falso, ou parcial, disso é que nossos conhecimentos só tem uma progressão nesse tipo de debate. Mesmo dentro de uma única teoria a respeito de um objeto, existem várias interpretações acerca do objeto referido, que tomam como base as mesmas formulações e a partir desta constroem novos conhecimentos. E em nenhum momento desse processo o debate externo a própria teoria é necessário, visto que a prática científica requer o confronto da sistematização teórica com a realidade empírica do objeto. Aqui eu posso dar um exemplo de mim mesmo: logo que me aproximei do marxismo, meu diálogo direto com interpretações para além do textos marxianos e engelsianos foi com Althusser e Gramsci. Me pareciam intérpretes que estabeleciam um parâmetro de confirmação empírica bem sólido, principalmente no que diz respeito à política e à ideologia. Essas duas coisas soavam para mim como estruturas muito bem estabelecidas que, usando a linguagem mainstream da sociologia, determinavam a ação social dos agentes à elas submetidos (apesar de Gramsci não ter essa leitura estruturalista, eu a fazia a partir do diálogo com Althusser).

A psicanálise entrou no meu horizonte trazendo a ideia da estrutura inconsciente como o campo no qual operava a ideologia, que se desenvolvia a partir da práxis e da internalização de valores promovidos pelos aparelhos ideológicos do Estado (escola, mídia, religião, etc, etc, etc). Eu nunca tive que botar um pé pra fora do marxismo para, em dado momento, rever essa posição e perceber que a ideologia é um processo muito mais amplo que uma determinação estrutural da ação social. Revendo essas posições, entrei em contato com Lukács, que me abriu um novo horizonte na interpretação da obra marxiana e daí em diante a Ideologia alemã e os MEF passaram a ser meus “livrinhos de cabeceira”. De uns meses pra cá, muitas das posições da leitura ontológica de Marx promovida por Lukács eu estou revendo (embora eu não ache que eu possa falar tal coisa porque eu nem sequer consegui terminar de ler a Grande Ontologia), ancorado principalmente na interpretação soviética do método marxista promovida por Vigotski (que chegou, em essência, a mesma postura ontológica que Lukács sem nunca ter conhecido a ideologia alemã e os MEF, os textos que representam a chamada “virada ontológica” de forma literal), estruturada filosoficamente, ao que me parece, por Ilyenkov. Mas eu não diria que é uma “revisão” de Lukács, mas sim uma complementação: Lukács se preocupou com os universais da vida humana, Vigotski (e a escola histórico-cultural se preocupou) com os processos pelos quais esses universais se estruturam na vida humana (a atividade, a mediação, os signos, os instrumentos, etc). Percebam a enorme mudança intelectual (de estruturalista pra psicologia histórico-cultural, que em termos filosóficos é muito mais próxima do funcionalismo - inimigo mortal do estruturalismo) sem nunca passar um dedo em um livro que não tenha seus pressupostos em escritos de Marx e Engels. 

Com tudo isso, eu quis dizer que o conhecimento avança revisando a si mesmo, aprofundando o estudo das nuances da teoria, das particularidades empíricas que se derivam dos universais idealmente reproduzidos, e o debate externo não é pressuposto para nenhuma dessas coisas. No entanto, não estou negando a importância do debate, em verdade eu mesmo faço tal coisa com frequência, apenas estou reconhecendo e tentando demonstrar que ele não é determinante para o processo de conhecimento." 

Atualizado em: 08/09/17


Wesley Sousa

12 Comentários

  1. Ai vem um zé ruela lê o texto, e te xinga e fala que sua opinião não é valida porque você é "Petista", que adora pão "com mortadela", porque se você leu Marx você é "Comunista", somos a sociedade dos "rótulos", por causa dessa idiotização em massa, as pessoas hoje em dia não podem demonstrar ideias diferentes, não podemos ter opiniões customizadas, não podemos em alguns momentos concordar com a a direita e em outros concordar com a esquerda, estamos habituados a enquadrar opiniões diversas em um molde pré estabelecido de ideologias, Direita e esquerda, conservador e liberal, capitalista e comunista, burgueses e proletários, religiosos e ateus, por mais que construamos nossas opiniões por via de um meio social diverso, amplo e dinâmico, buscamos segregar e reforçar a noção de que todas as opiniões individuais devem caber em um molde pre estabelecido de ideias, para no fim sermos aceitos em um grupo social, seja ele uma roda de amigos, seja ele uma bolha social, toda opinião igual ou diversa da opinião de um individuo é instintivamente enquadrada nesses diversos moldes. Torna-se realmente difícil argumentar uma opinião quando um individuo deixa de lado sua racionalidade e não se propõe a um dialogo, a uma argumentação sobre temas diversos, sim deve haver tolerância, concordo que esta deva ser até certo ponto, permitir-se dialogar ideias, não significa aceitar oque é diverso de suas próprias ideias, mas é permitir-se desenvolver a logica e ordenação de suas próprias ideias, permanecendo as antigas ou estabelecendo novas ideias. O ser social deve entender quais são as disparidades de ideias, para poder em fim construir uma opinião, consciente, concisa e racional.

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  2. "Como disse o escritor italiano Umberto Eco, “a internet deu voz aos idiotas"

    O autor do texto provavelmente não se coloca entre tais idiotas.
    Afinal, é melhor do que todo mundo.
    Podemos chamá-lo de Jesus.

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    1. A ideia do texto realmente é limitada, e o rapaz que diz que a direita conservadora agride e tem ideias idiota apenas se contradiz ...

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  3. "E isso ocorre principalmente porque é nossa tendência natural categorizar"

    Como o ser humano seria capaz de pensar sem usar categorias e conceitos?

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  4. "e não de idealismos baratos"

    Defina idealismos baratos.

    O que constrói o meio social é o conjunto de crenças que os indivíduos possuem, pois, para agir, você precisa acreditar em algo. Até para uma ação prosaica como beber água. Se você se direciona a um copo de água, o pega e o bebe é porque acredita que aquele líquido incolor pode saciar sua sede.
    Só que, de um ponto de vista social, as ações conjuntas dos seres humanos também vão construindo um conjunto de valores, ou seja, um conjunto de crenças.
    É um sistema circular de feedback: [...]crença->ação->crença[...]

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  5. QUE SITE IDIOTA . ESQUERDISTA BURROS

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  6. Não sei o que é mais raso nesse texto, se sua forma ou se seu conteúdo. Gramática e linguagem sofríveis pra um texto de teor... medíocre. Lugares comuns e clichês não eram o que eu esperava de um “acervo crítico”. Me admira o auto ser um graduando de filosofia. Será que ele se refere ao curso do ensino médio?

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  8. Que texto ruim... esperava algo mais filosófico, sem um respaldo ideológico-político.

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  9. A proporção internetêsca escoou, em poucos anos, a esperança de um mundo ético e bondoso para os decrépitos ralos da servidão da natureza humana, ainda animal e conflituosa. A emancipação exprime do emancipado o desejo pelo o esclarecimento daqueles que o cercam. A atual realidade, desgraçosa, usa o que é mais intrínseco ao homem contra ele mesmo: sua racionalidade. Afinal, sempre foi assim. O paradigma que nos cerca é atemporal: a inércia mental. A razão deveria nos unir, não nos separar.

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  10. Me desculpe! Mas, eu acredito que há uma distorção no conceito de Bolsa Social. Há uma mistura com um monte autores para corroborar a ideia deformada desse artigo. Bolha Social é péssimo. Pois, você não se abre para ouvir as outras pessoas. De muitas discussões sai respostas para inúmeros problemas no cotidiano. Você se cerca basicamente de uma verdade absoluta. Num mundo, onde há muitos aspectos relativos. Você não se protege. Pelo contrário, você fica rendido pelas fraquezas do próprio EGO FRAGILIZADO. Ou seja, dá aparência, de que você está se protegendo. Mas, você está completamente desprotegido. Pois, muitas vezes, aquela ideia ou ideal necessita de ajustes ou mudanças. Não dá para ficar preso a puro falibilismo. Estar tudo certo. Você tem que ter ouvir outras pessoas para ás vezes. Não bancar algo que está falhando muito. Ou seja, sair da menoridade e maioridade. Como dizia o Kant. Portanto, esse texto distorce o contexto de BOLHA SOCIAL. Dá uma ideia errática, de que o Ser Humano não precisa ouvir os outros. Pois, isso lhe traria segurança e proteção. Pelo contrário, isso vai fazer. Você ficar refém de uma falsa verdade absoluta e se aprisionar a falta de pensamento critico. Ou seja, parte da ideia, de que o homem é um agente neutro e sem autonomia. O que é também muito errático.

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